sábado, setembro 30, 2006

A justiça injustificada

No início do século, Judah L. Magnes, presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém, desiludido com o jovem Estado de Israel, morria nos EUA, não sem antes advertir profeticamente: "Um Estado judeu só pode ser obtido pela guerra. Falai a um árabe do que quiseres, menos de um Estado judeu. Porque isso significa por definição que os judeus governam outros povos que vivem no Estado judeu. Exorcizado, excomungado, viu o movimento sionista adotar suas idéias. Escrevia ele: "Já se viu um povo doar seu território por vontade própria? Os árabes da Palestina não renunciarão sem violência".
Ser fiel à tradição judaica é condenar o genocídio praticado contra o povo palestino. É claro que estas palavras são um pouco agressivas, mas o facto de a super potência dirigir todo este conjunto de operações é inédito. Isso agrava-se quando são exportados prisioneiros para cuba e massacrados, ultrapassando tudo aquilo que os Nazis fizeram aos judeus. É necessário acabar de vez com o etnocentrismo que toma a forma de judeu-centrismo, onde o massacre de judeus brancos por brancos europeus tem um status diferente do massacre dos armêmios pelos turcos, dos negros africanos pelos traficantes de escravos, dos chineses na Indonésia. Assim, Auschwitz é elevado a potência metafísica. Sou um dos últimos a minimizar as atrocidades cometidas em Auschwitz, porém, as lágrimas de outros povos não contam?

10 comentários:

Anónimo disse...

O estado Judaico foi o melhor Seguro de Vida que nós mundo Ocidental fizémos. Sempre que há chatice no Médio Oriente, são os Israelitas que as resolvem, a Bem, ou a Mal...

Se não fossem eles, os "turcos estariam novamente às portas de Viena"...

Pensem nisso sim?

Anónimo disse...

Tenho de concordar em parte com o que o João está a dizer. O Estado de Israel precisa de pulso de ferro nesta matéria.
Todos os dias se erguem novas vozes nessa guerra. Cada dia que passa, o clima de tensão sobe, a guerra se torna mais sangrenta. E o que há a ser feito? Será que o meio de defesa usado por Israel não é legítimo? Devem dar "a outra face" a quem continua a atentar contra o seu povo? Como actuar então?

João Victor Teixeira disse...

"Quando não quero que uma pessoa entre em minha casa, não a deixo entrar". Tudo o que se passa na actualidade são consequências completamente previstas. Judeu não é uma raça. Raça só existe uma. A raça Humana. Se exitiu alguém judeu há dois mil anos, há mil anos, 500 anos e até aos nossos tempos, porquê reclamar uma terra que já foi sua. Não deverá ser por isso que a sua cultura se irá perder! E já agora, o que é o senhor "EUA" e a senhora "Inglaterra" tem a ver com isso. Cada vez que me falam sobre o que se passa no médio oriente, só me vem à lembrança o dia 12 de Novembro. Aquele dia que marca qualquer pessoa que fale Português . "O massacre no cemitério de Santa Cruz".

E já agora, quem foi apoiar aqueles inocentes na altura?

Quero frizar que não sou contra o que o Estado Judeu está a fazer, mas sou contra o que nós estamos a fazer!

Anónimo disse...

A resposta a essa pergunta é simples: estamos a fazer o que podemos.
Como país civilizado que somos, tentamos levar os tentáculos do que é humanamente praticável ao Médio Oriente e a outras regiões do planeta. Enviamos tropas em missões humanitárias e pacifistas e enfrentamos uma "guerra santa" contra Fundamentalistas Islâmicos. Esses tais Sem Terra, que querem ver de volta a Terra deles.
Devemos pôr-nos então do lado do Fundamentalismo Islâmico e apoiar os seus atentados, como fazem países como o Irão e a Síria? Ou devemos apoiar um estado pro-Ocidental, que é uma ilha rodeada de piranhas sedentas de sangue?

Anónimo disse...

"Pelas barbas do Profeta... Judeu? Judeu é muito bonito em Auschwitz"

Ora eu não poderia deixar de responder a essa questão, não me colocando na pele do Presidente Abbas (para quem não sabe, líder político do HAMAS)...

Como se pode ver... RIDÍCULO!!!

Crucificámos Cristo há 2000 anos... Será que deveremos crucificar o estado Judaico hoje?

Da primeira vez estávamos predestinados, mas desta vez? Não podemos cometer tal erro e crucificar (entregar aos árabes) o nosso novo Salvador.

Avé Cesar,
Os que vão morrer te saúdam!

João Victor Teixeira disse...

Alguém se lembra de onde vieram as nossas raízes políticas? Foi da França! Será que nós, povo Europeu, não deveríamos dar apoio à França? Será que as nossas crianças são obrigadas a aprender uma língua que não lhes diz nada? Pois, de facto estamos perante uma lavagem cerebral. Estamos perante um fenómeno de globalização capitalista. Para que serve a ONU? Será que neste momento existem condições para a NATO existir ou mesmo a ONU? Não deveríamos nós, povo Europeu criar a nossa organização de auxílio humanitário? Tantas perguntas, mas ainda não se fez nada relativamente aos abusos que os Americanos andam a fazer devido a alguns litros de petróleo. Para quem não sabe 97% dos argelinos que emigraram para a Europa estão na França. 75% dos emigrantes da Tunísa estão na França. Penso que estes dados são significativos. Em resposta ao Nuno é esta: Deveríamos apoiar a cima de tudo a França. Em resposta ao João só tenho a dixer que se os Judeus fossem pobres não tinham terra. Não é uma questão de "seguro de vida", que nós Ocidentais criamos, mas sim um "suicídio".

Anónimo disse...

quote:"Alguém se lembra de onde vieram as nossas raízes políticas? Foi da França!"
humm so se foi durante as invasões francesas, pq a democracia já existe há bem mais de 2000 anos... Péricles diz-te alguma coisa?
quote:"Deveríamos apoiar a cima de tudo a França."
a minha questão é simples... porquê a frança? deviamos era apoiarmos-nos a nós e nem disso somos capazes...
quote:"Judeus fossem pobres não tinham terra."
Pois já o Hitler pensava da mesma forma... o gajos é que tem o dinheiro... a verdade é que eles apenas reclamaram algo que já foi deles, se tem esse direito ou não, já é outra questão.
questao:"Para quem não sabe 97% dos argelinos que emigraram para a Europa estão na França. 75% dos emigrantes da Tunísa estão na França. Penso que estes dados são significativos."
Significativos para o quê? Onde estão os brazileiros e os Turcos e os Moçambicanos e os Angolanos... que giro estao em países dos quais já foram colónia... será isto significativo?

João Victor Teixeira disse...

Para o Daniel : A questão de Péricles nem vou comentar, pois toda a conjectura formalizada da altura não se compara à que vivemos hoje. Na questão do "porquê de apoiar-mos definitivamente a França" é a seguinte: Nós (Europeus) estamos inseridos num projecto que se chama "União Europeia" e não como já foi chamada de "Comunidade Econômica Europeia". Isto diz te alguma coisa? E como sabes qualquer tipo de organização tem um líder. A democracia tem um líder. Achas que Portugal era um potêncial país para ser um líder. A mim não me parece.. Relativamente à questão da emigração só tenho a seguinte pergunta a fazer: Teremos nós que rodear a Europa com muros de betão, iguais aos que separavam as duas Alemanhas? Ou então como os EUA estão a começar a fazer para com os Mexicanos? Mais de 1500Km de muro em toda a sua fronteira?

Anónimo disse...

A mim a França não me parece um bom líder. Optaria antes pela Alemanha, ou sem dúvida pela Inglaterra, se eles não fossem tão dividos acerca do lado do jogo (Europa/EUA)...

É só a minha opinião!

A respeito das fronteiras, temos de por ordem e restrições, caso contrário toda a canalha e ralé conseguirá entrar e minar-nos por dentro.

Daniel disse...

quote:"A questão de Péricles nem vou comentar, pois toda a conjectura formalizada da altura não se compara à que vivemos hoje."

pensei que tinhas dito:
"Alguém se lembra de onde vieram as nossas raízes políticas? Foi da França!", porque estavas a falar da revolução francesa e todos os ideias envolvidos...
apenas te quis mostrar que não podes afirmar que as raízes políticas vêm da França... Vêm de muito mais longe...
ou achas que a primeira república foi a francesa?! as nossas raízes politicas vêm de muitos países e culturas diferentes não os podes restringir a uma nação. Até Roma já foi uma república :D

quote:"Relativamente à questão da emigração só tenho a seguinte pergunta a fazer: Teremos nós que rodear a Europa com muros de betão, iguais aos que separavam as duas Alemanhas? Ou então como os EUA estão a começar a fazer para com os Mexicanos? Mais de 1500Km de muro em toda a sua fronteira?"
eu falei alguma coisa em fechar fronteiras??? humm ainda não respondeste à pergunta: "significativo para o quê?"
apenas te dei exemplos de outras países parecia que estavas só a ver o caso "Françês" que não é o único no panorama europeu
cumprimentos